Reflexões sobre a teoria de classes (1942)
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Palavras-chave

Lutas de classes
Burguesia
Ideologia

Como Citar

ADORNO, Theodor W. Reflexões sobre a teoria de classes (1942). Crítica Marxista, Campinas, SP, v. 27, n. 50, p. 259–274, 2020. DOI: 10.53000/cma.v27i50.18967. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cma/article/view/18967. Acesso em: 29 jun. 2024.

Resumo

A história é, segundo a teoria, história das lutas de classes. Entretanto, o conceito de classe está ligado ao surgimento do proletariado. Quando ainda era revolucionária, a burguesia chamava a si mesma de Terceiro Estado. Na extensão do conceito de classe ao passado longínquo, a teoria não denuncia apenas os burgueses, cuja liberdade, com propriedade e formação, dá continuidade à tradição de velha injustiça. Ela se volta contra o próprio passado. A aparência de benevolência patriarcal que aquele assumiu desde o triunfo do implacável cálculo capitalista está destruída. A venerável unidade daquilo que veio a ser, o direito
natural da hierarquia na sociedade apresentada como organismo, já se mostra como unidade das partes interessadas. A hierarquia desde sempre foi organização compulsória para apropriação do trabalho alheio. O direito natural é injustiça histórica prescrita, o organismo estruturado é o sistema da cisão, e a imagem dos estamentos é a ideologia que, na forma do ganho digno, trabalho honesto e, por fim, da troca de equivalentes, melhor se prestou à burguesia instalada.

https://doi.org/10.53000/cma.v27i50.18967
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Referências

BURCKHARDT, J. Griechische Kulturgeschichte. Bd. 1. Stuttgart: Spemann, 1908.

HEGEL, G. W. F. Wissenschaft der Logik II. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2003.

TROELTSCH, E. Der Historismus und seine Probleme. Tübingen: Mohr Siebeck, 1922.

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