Resumo
A teoria da cultura de massa - ou cultura da audiência de massa, cultura comercial, cultura "popular", indústria cultural, como é variadamente conhecida - sempre tendia a definir seu objeto em contraposição à assim chamada alta cultura, sem refletir sobre o estatuto objetivo dessa oposição. Com bastante freqüência, as posições neste campo reduzem-se a duas imagens especulares, que são essencialmente apresentadas em termos de valor. Assim, o tema familiar do elitismo defende a prioridade da cultura de massa, com base na pura quantidade de pessoas a ela expostas; a busca da alta cultura, ou cultura hermética, é então estigmatizada como um passatempo típico do status de um reduzido grupo de intelectuais. Como sugere seu impulso antiintelectual, esta posição essencialmente negativa tem pouco conteúdo teórico, mas remete claramente a uma convicção com raízes profundas no populismo americano e articula uma idéia amplamente estabelecida de que a alta cultura é um fenômeno do sistema, irredimivelmente marcado por sua associação com as instituições, em particular com a universidade.
Referências
JAMESON, Fredric. Reificação e utopia na cultura de massa. Crítica Marxista, São Paulo, Brasiliense, v.1, n.1, 1994, p.1-25.
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Copyright (c) 1994 Fredric Jameson