Resumo
A derivação ventrículo-peritoneal (DVP) é o principal procedimento utilizado no tratamento de pacientes portadores de hidrocefalia, em especial durante o primeiro ano de vida. Em situações especiais, podem ser utilizados outros procedimentos como derivação ventrículo-atrial (DVA), derivação ventrículo sub-galeal, ou neuroendoscopia. Contudo, apesar de altamente eficaz no tratamento da hidrocefalia, as derivações ventriculares possuem alta taxa de complicações (5 a 30%) que incluem principalmente disfunções mecânicas e infecções. Objetivo: investigar a prevalência de deformidade ao uso de derivação ventricular, taxa de complicações e potenciais causas. Métodos: estudo transversal retrospectivo com todas as crianças submetidas à implantação de um sistema de derivação ventricular durante o primeiro ano de vida, procedimentos realizados nos últimos 11 anos (2004 a 2015), no Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas e no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas. Resultados: 50 pacientes do sexo masculino (58,13%), 36 pacientes do sexo feminino, idade média na 1ª cirurgia de 43,62 dias, média de cirurgia de shunt/paciente de 1,91. Conclusão: hidrocefalia no 1º ano de vida tem como etiologia principal mal formações congênitas e o tratamento cirúrgico definitivo foi a DVP. Pode se perceber que pacientes submetidos à DVP no 1º ano de vida apresentaram alta taxa de complicações(33,93%), com média de cirurgia shunt/paciente 1,91.
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