Caracterização dos achados clínicos psicopatológicos de mulheres em situação de rua em Campinas-SP
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Palavras-chave

População de rua
Mulheres
Saúde mental.

Como Citar

OLIVEIRA, Jéssica Pereira de; OLIVEIRA, Karina Diniz. Caracterização dos achados clínicos psicopatológicos de mulheres em situação de rua em Campinas-SP. Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP, Campinas, SP, n. 26, 2019. DOI: 10.20396/revpibic262018667. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/pibic/article/view/667. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Diante da ausência de dados oficiais no Brasil sobre a população em situação de rua e da provável elevada prevalência de transtornos mentais envolvendo este grupo, intencionando contribuir para justificar políticas públicas de assistência à população em situação de rua no Brasil, neste estudo realizamos um levantamento de dados sociodemográficos e de saúde mental envolvendo as mulheres em situação de rua atendidas pela estratégia “Consultório na Rua”, instituída em 2011 na cidade de Campinas visando à assistência desta população vulnerável. Métodos: Em análise retrospectiva, foram estudados 100 prontuários com consultas entre 2012 e 2018. Resultados: Verificada uma média 38,2 anos de idade e cerca de 2,14 filhos por paciente, sendo que 7% estavam grávidas no momento do atendimento; 61% não tinha parceiro fixo relatado. Em 26% dos prontuários houve relato de algum tipo de violência no passado, sendo em 73% dos casos física e 23% sexual. Adicionalmente, 64% das pacientes declararam uso de substâncias psicoativas. Já em 29% dos prontuários haviam hipóteses diagnósticas favoráveis à presença de doença mental, sendo os transtornos depressivos e ansiosos os mais freqüentes. Conclusão: Verificamos elevado número de estressores na vida das mulheres em situação de rua, tais como agressões ou uso de drogas. Ainda que tenhamos limitações, esperamos contribuir com estes dados para elucidação da gênese dos transtornos mentais nessa população, contribuindo com políticas de auxílio.

https://doi.org/10.20396/revpibic262018667
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