Resumo
Em um mundo cada vez mais conectado, no qual o processo de deliberação, de tomada de decisão individual sofre influência de máquinas cada vez mais autônomas, emerge a necessidade de compreender em que medida estes sistemas autônomos nos governam e qual seria exatamente este tipo de governo. Para em seguida, compreender como esta nova forma de governo impacta o processo de constituição do sujeito e, consequentemente, o processo político deliberativo. Para tanto, nos apoiaremos na noção de “governamentalidade Algorítima” de Rouvroy (2015) a fim de compreender a influência das máquinas guiadas por algoritmos na sociedade contemporânea e, na teoria de Manin (1997) , no que diz respeito à legitimidade das decisões tomadas por meio da deliberação política. O objetivo final é esclarecer as possibilidades e limitações do processo deliberativo em uma sociedade regida por algoritmos.
Referências
RODOTÀ, Stefano. A vida na sociedade de vigilância: a privacidade hoje. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.
ROUVROY, A., BERNS, T. “Governamentalidade algorítmica e perspectivas de emancipação: o díspar como condição de individuação pela relação?”. Tradução de P. H. Andrade. Revista Eco Pós, Rio de Janeiro, UFRJ, Vol. 18, Nr. 2, pp. 36-56, 2015.
ZUBOFF, Shoshana. Big other: surveillance capitalism and the prospects of an information civilization. Journal of Information Technology, Palgrave Macmillan, pp.75-89, 2015.
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