Resumo
O Apostolado Positivista do Brasil, principal grupo positivista em atividade no país no final do século XIX, se autodenominava adepto a corrente ortodoxa. Ser ortodoxo significava aderir a obra completa de Augusto Comte, a filosofia, a política e a Religião da Humanidade. Desse modo, o Apostolado passa a adaptar a obra de Comte ao contexto brasileiro, procurando estabelecer estratégias de atuação política que respondessem às demandas da sociedade, tendo como objetivo central, regenerar a sociedade brasileira, harmonizando as questões candentes, de modo a evitar a deflagração de uma revolução socialista. Esse era exatamente o sentido da ideia de “ordem e progresso”, estabelecido inicialmente pela doutrina positivista de Augusto Comte. Harmonizar uma determinada ordem que permitisse um determinado progresso, controlado por uma elite positivista, a fim de, evitar mudanças abruptas na ordem social vigente. A principal bandeira defendida pelo Apostolado ao longo de sua atuação política foi a da “incorporação do proletariado na sociedade moderna”, que inicialmente, se faria pela abolição da escravidão, como forma de harmonizar a sociedade evitando a conflagração de uma revolução socialista. Após a abolição da escravidão o tema central que se colocava à atuação política do Apostolado foi o da superação do Império e a implantação de uma República Ditatorial Federativa conforme previa a doutrina positivista.
Referências
Bastos, Tocary Assis. O positivismo e a realidade brasileira. Belo Horizonte: Revista Brasileira de Estudos Políticos, 1965.
Costa, João Cruz. Contribuição à história das ideias no Brasil. 2 edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
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