Tafonômia e análise de charcoals como ferramenta para a caracterização paleoambiental da Formação São Carlos (Cretáceo Superior, Bacia Bauru, Brasil)
PDF

Palavras-chave

Formação São Carlos
Charcoals
Piritização

Como Citar

OLIVEIRA, Aline de; BRANCO, Fresia; CALLEFO, Flavia; ZABINI, Carolina; GALANTE, Douglas. Tafonômia e análise de charcoals como ferramenta para a caracterização paleoambiental da Formação São Carlos (Cretáceo Superior, Bacia Bauru, Brasil). Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP, Campinas, SP, n. 27, p. 1–1, 2019. DOI: 10.20396/revpibic2720192210. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/pibic/article/view/2210. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo realizar a análise taxonômica dos gastrópodes, vertebrados e carvões de queimada presentes no Membro Nossa Senhora de Fátima da Formação São Carlos, Cretáceo Superior, Bacia Bauru. As amostras foram observadas com o auxílio de um estereomicroscópio e as investigações se sucederam com imagens obtidas através da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), juntamente com um detector EDS, e por análises com mapeamento elemental por micro-fluorescência de Raios X (?-XRF) baseada em Síncrotron.O imageamento por MEV permitiu a visualização de piritas framboidais e remanescentes de biofilmes intimamente ligados aos fósseis, levando à possível interpretação da ação de sulfobactérias no processo de fossilização. Os gastrópodes foram identificados como Viviparus souzai, como exemplares similares descritos nessa bacia. As estruturas vegetais preservadas nos charcoals permitiram classificar esses fragmentos como originados da queima de angiospermas durante o "Grande Incêndio do Santoniano". Assim, a deposição dessa camada ocorreu num ambiente lacustre onde houve a possibilidade de ação de sulfobactérias, que possivelmente induziram a precipitação da pirita por meio da decomposição da matéria orgânica. Esse processo está relacionado a condições anóxicas geradas na interface sedimento-água aliado a uma sedimentação mais lenta, concordando com a deposição siltito-argilosa dessa unidade.

https://doi.org/10.20396/revpibic2720192210
PDF

Referências

Arai, M., & Dias-Brito, D. CretaceousResearch, 84, 264-285, 2018

Bruch, A.A., Pross, J. Geological Society, London, 26-30, 1999.

Mezzalira, S., 1974. Instituto Geográfico e Geológico, São Paulo, 163 pp., 2 pls., map (Boletim IGG 51).

Todos os trabalhos são de acesso livre, sendo que a detenção dos direitos concedidos aos trabalhos são de propriedade da Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP.

Downloads

Não há dados estatísticos.