Resumo
O objetivo deste estudo foi compreender as dificuldades e barreiras dos cuidadores para a higiene bucal de seus filhos com necessidades especiais por meio de uma abordagem qualitativa. Uma amostra aleatória de 30 cuidadores de pessoas com necessidades especiais foi convidada a participar deste estudo na instituição da APAE de São Pedro, na APAE de Piracicaba e no Centro de Reabilitação de Piracicaba. Os cuidadores participaram de uma entrevista na qual foi perguntado "Qual a maior dificuldade em fazer a higiene bucal do filho (ou daquele que cuida)?" As entrevistas foram gravadas e analisadas através da metodologia quantiqualitativa do Discurso do Sujeito Coletivo. Verificou-se que 53% responderam que seu filho fica com raiva, não abre a boca e morde; 37% responderam que seus filhos apresentam problemas com o creme dental; 30% responderam que os filhos não deixam o cuidador ajudá-los com escova de dente; 27% responderam que há problemas com o uso do fio dental e 20% responderam que as gengivas sangram e não escovam adequadamente. Conclui-se que a higiene bucal de indivíduos com necessidades especiais é uma questão complexa e requer mais atenção do cirurgião-dentista para promover a melhor assistência à saúde bucal desses indivíduos.
Referências
Abanto J et al. Parental reports of the oral health-related quality of life of children with cerebral palsy. BMC Oral Health 2012; 12:15.
Varellis MLZ. O Paciente com Necessidades Especiais na Odontologia. 3ed. São Paulo: Santos, 2016.
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