Elas são negras
PDF

Palavras-chave

Mulheres negras
Trabalho livre
Racialização

Como Citar

SANTOS, Taina; REGINALDO, Lucilene. Elas são negras: trabalhadoras não escravizadas na cidade de Campinas (1876-1882). Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP, Campinas, SP, n. 27, p. 1–1, 2019. DOI: 10.20396/revpibic2720191976. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/pibic/article/view/1976. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

Ao longo da pesquisa, foi desenvolvido um levantamento das profissões e ocupações femininas em vigência na segunda metade do século XIX, na região do oeste paulista. O estudo foi realizado a partir do Registro de Matrícula de Enfermos do Hospital de Misericórdia da Santa Casa de Campinas. Foram analisados, aproximadamente, dois mil e trezentos registros de pessoas que deram entrada no hospital entre 1876 e 1882, enfocando os dados referentes à população de mulheres livres e libertas. Informações a partir das quais pude inferir aspectos da vida de mulheres negras não escravizadas presentes na localidade de Campinas. A listagem das informações e cruzamentos com outros dados contidos na fonte, possibilitou observar a configuração da distribuição dessas trabalhadoras no mercado de trabalho livre no período apontado. Esse esforço viabilizou a obtenção de um quadro da composição racial desse universo de trabalho, sob o qual pode-se perceber possíveis relações entre a distribuição de mulheres negras e brancas nas ocupações com os processos de racialização vigentes naquela sociedade e no momento em que a urbanização da região impactava a organização do trabalho urbano, o crescimento do setor de serviços e a expansão das políticas sanitaristas.

https://doi.org/10.20396/revpibic2720191976
PDF

Referências

ALBUQUERQUE, W.​O Jogo da dissimulação: abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

CHALHOUB, Sidney. ​A força da escravidão ​ : ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril ​ : cortiços e epidemias na corte imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

FARIAS, Sheila Siqueira de Castro. ​Sinhás Pretas, damas mercadoras ​ : as pretas minas nas cidades do Rio de Janeiro e de São João Del Rei. Tese (Concurso para professora titular em História). Universidade Federal Fluminense, 2004.

Todos os trabalhos são de acesso livre, sendo que a detenção dos direitos concedidos aos trabalhos são de propriedade da Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP.

Downloads

Não há dados estatísticos.