Resumo
Esta pesquisa dá sequência ao pesquisa anterior que desenvolvemos como bolsista PIBIC ao longo de 2018. Ela mantém o objeto e as hipóteses do projeto anterior e apresenta como novidade a ampliação do campo de pesquisa. Nosso objeto é a tese marxista, de caráter teórico e prospectivo, segundo a qual o Estado desapareceria na sociedade comunista, que seria uma sociedade autorregulada. Polemizamos com textos marxistas clássicos e contemporâneos que afirmam ou supõem que a extinção da propriedade privada dos meios de produção e, portanto, das classes sociais, levaria espontaneamente à extinção do Estado, dispensando um movimento político e social que colocasse conscientemente o objetivo de desestatização do poder político. Após termos realizado um panorama geral, ao identificarmos a contribuição das correntes teóricas predominantes que trataram da tese do fim do Estado, desenvolvemos nossas discussões analisando mais profundamente os autores conselhistas, em suas análises e polêmicas sobre o poder soviético, e os maoistas, em suas análises sobre a Revolução Chinesa, sobretudo a Revolução Cultural na China. Nossa pesquisa é, portanto, uma pesquisa teórica e prospectiva que, para viabilizá-la no nível de Iniciação Científica, nós a desenhamos como uma pesquisa bibliográfica cujo objetivo é realizar uma classificação crítica de parte da bibliografia que tratou de nosso tema.
Referências
BETTELHEIM, Charles. A Luta de classes na URSS - primeiro período (1917-1923). Editora Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1979a.
BETTELHEIM, Charles. Revolução cultural e organização industrial na China. Edições Graal. Rio de Janeiro, 1979b.
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado . Editora Escala. 2009.
IANG, Hongsheng. The Paris Commune in Shanghai: the Masses, the State, and Dynamics of “Continuous Revolution”. Dissertation of Duke University. 2010.
MAGRI, Lúcio, et al. Conselhos Operários. Editora Centelha. Coimbra, 1975.
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