Resumo
Propõe-se investigar as possíveis relações entre ressonâncias patrimoniais e pertencimento étnico, relativos à cultura material arqueológica, com populações indígenas do centro-oeste paulista. O trabalho de campo foi realizado em eventos públicos, sobretudo no museu Índia Vanuíre (MIV), em Tupã, que tem promovido, em conjunto ao Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (MAE-USP), um estreitamento entre entidades museológicas e povos indígenas, trabalhando em conjunto às comunidades Guaranis, Terenas, Krenaks e Kaingangs da região de Avaí, Tupã e Arco-Íris. A partir de depoimentos proferidos nos eventos, a pesquisa explora se e em que medida a parceria entre museus e indígenas reverbera na vivência de temporalidade, memória e transmissão destes: o discurso arqueológico é incorporado às narrativas, à luta de terras e à defesa de suas identidades? De forma simétrica, também se propõe o questionamento: a reverberação é unilateral, ou os museus também se permitem reformular suas práticas a partir do encontro com outras epistemologias?
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