Resumo
De acordo com pesquisas recentes, nunca se escreveu tanto sobre o tema da crueldade como no século XVI. Um dos autores que maior centralidade lhe deu foi Montaigne, o filósofo que, séculos depois, seria reconhecido como um dos precursores do "relativismo cultural" - ou seja, do pensamento segundo o qual a ética e a moral não podem ser universalizadas, mas, antes, devem ser sempre consideradas no âmbito do sistema histórico em cujo seio florescem. Nesta comunicação serão analisados diferentes olhares sobre a crueldade a partir de imagens e discursos produzidos entre a antiguidade romana e a primeira época moderna, considerando, centralmente, o exemplo tupinambá.
Referências
ANCHIETA, José de. Informação do Brasil e se suas capitanias (1584). In: Cartas Jesuíticas. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1933, v. 3.
BARAZ, Daniel. Medieval Cruelty. Changing Perceptions, Late Antiquity to the Early Modern Period. Ithaca e Londres: Cornell University Press, 2003.
BEIRNE, Piers. Confronting Animal Abuse. Law, Criminology and Human-Animal Relationships. Lanham/Boulder/Nova York/Toronto/Plymouth: Rowman & Littlefield, 2009.
BELLAMY, John. The Tudor Law of Treason. Nova York: Routledge 1979.
CASAS, Bartolomé de las. Brevísima Relación de la Destrucción de las Indias. Alayor: textos.info, 2016. Disponível em: https://www.textos.info/fray-bartolome-de-las-casas/brevisima-relacion-de-la-destruccion-de-las-indias/descargar-pdf. Acesso em: 24 abr. 2020.
FOUCAULT, Michel. Surveiller et Punir: Naissance de la Prison. Paris: Gallimard, 1975.
KILROY, Gerard. Edmund Campion. A Scholarly Life. Farnham: Ashgate, 2015.
KNECHT, Robert. The French Religious Wars, 1562-1598. Oxford: Osprey Publishing, 2002.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2019 Encontro de História da Arte