Resumo
Primeiramente analisamos o sistema de arte e as maneiras de operação para a legitimação de artistas, entendemos que o sistema opera dentro de uma lógica capitalista, o que Lipovetsky (2015) definiu como capitalismo artista. Utilizamos também o conceito de rede proposto por Cauquelin (2005), além de definições sistemáticas de Bulhões (2014) para que seja possível visualizar o funcionamento e especificidades do sistema de arte e as formas que o mercado da arte é impactado por essas dinâmicas. A partir dessa análise do sistema de arte, trouxemos o conceito de identidade legitimadora cunhado por Castells (1999) para que se torne possível analisar as responsabilidades e atribuições que o sistema coloca nesse agente em específico.
Referências
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