Resumo
Este trabalho analisa a obra "Giordano Bruno and the Hermetic Tradition" de Frances Yates (1964), enfocando seu uso da noção de primitivo enquanto dispositivo de alteridade. Yates desafia a visão tradicional sobre Bruno na história das ciências, inserindo-o na história da arte e da cultura renascentista através da magia e da astrologia hermética. O uso do primitivo liga-se diretamente a obra de Aby Warburg e a sua metodologia (Kulturwissenschaft), a qual apresentava um forte vínculo com à época nascente antropologia. O objetivo é examinar os usos do conceito, reconstruindo a abordagem de Yates em relação ao legado de Warburg e seus interlocutores, como Franz Boas, Lévy-Bruhl e Tito Vignoli.
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