Resumo
No início do século XX, a Igreja Católica se viu marcada pelo surgimento do Movimento Litúrgico e pela realização do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-65), passando a indicar que a liturgia deveria de se adequar aos novos tempos e a demandar espaços mais simplificados e, praticamente, despidos de imagens. Tal destituição, do mesmo modo, se dá na contemporaneidade, como visto nos modelos arquitetônicos encomendados pela Santa Sé na XVI Bienal de Arquitetura de Veneza (2018). Nesse sentido, a presente comunicação toma como objeto a primeira participação do Vaticano na mostra, intencionando analisar os usos e desusos das imagens e dos ornamentos nos espaços de culto da atualidade.
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